Uma das parcerias realizadas é com a Fundação Bunge, que tem 459 micro e pequenas empresas beneficiadas com modelagem às necessidades da multinacional
Mais de 137 mil empresários já foram impactados com o Programa Conexões Corporativas, do Sebrae, que gerou mais de R$ 10,1 bilhões em compras destes empreendedores. A iniciativa tem o objetivo de promover a inserção competitiva e a melhoria do desempenho dos pequenos negócios de forma sustentável nas cadeias de valor de médias e grandes empresas.
Uma das experiências positivas da ação é a parceria entre o Sebrae e a Fundação Bunge, líder mundial no processamento de sementes oleaginosas e na produção e fornecimento de óleos e gorduras vegetais especiais. Entre 2022 e 2024, a cooperação inseriu 459 pequenos negócios de sete estados no catálogo de fornecedores da Bunge. O acordo faz parte do projeto Economia da Gente e atuou em localidades em que a Bunge possui operações – Rio Grande (RS), Luís Eduardo Magalhães (BA), Rondonópolis (MT), Nova Mutum (MT), Ponta Grossa (PR), Duque de Caxias (RJ), Ipojuca (PE) e Uruçuí (PI).
O analista de mercado do Sebrae, Krishna Aum de Faria, ressalta a importância de programas como este para promover o desenvolvimento regional. “As grandes empresas selecionam os territórios onde desejam trabalhar, muitos deles onde há plantas industriais, e o Sebrae oferece todo um enxoval de capacitações, cursos, treinamentos e rodadas de negócios sob medida para os pequenos negócios. A melhoria de performance contribui para ampliação de competitividade, inovação e sustentabilidade. O resultado desse ciclo virtuoso é a geração de mais e melhores negócios para toda a cadeia”, explica.
Além da Bunge, o Sebrae desenvolveu programas semelhantes com outras grandes empresas do cenário nacional e internacional. São elas: Aurora, Coca-Cola, CLUA, Dell, iFood, InterCement, Marisa, Natura, Petrobras, Raízen, Serasa e Soma, além das parcerias estaduais com Suzano, Globo, Arcelor, Arezzo, entre outras.
Um bom exemplo da transformação que o programa Conexões Corporativas gera nos pequenos negócios é a Aço-Art, fruto da parceria com a Fundação Bunge, em Mato Grosso. Jennifer Sotério Xavier é proprietária da empresa familiar sediada em Rondonópolis (MT). Sua principal atividade é corte e dobra de chapas metálicas, corte à laser e corte plasma. Através do projeto, Jennifer participou da rodada de negócios, do curso ESG para pequenas empresas e consultoria da jornada de Gestão de Pessoas. Antes disso, a empresa enfrentava desafios para fechar negociações com grandes empresas.
“Percebi que não estávamos estruturados para atender grandes empresas e multinacionais. A ação nos auxiliou, passou conhecimento para abrir portas de outras grandes empresas. Depois disso, também passamos a atender a Cofco (multinacional chinesa), por meio da indicação da Bunge”, conta a empreendedora que já fechou mais de R$ 500 mil em entregas para as duas empresas. Por conta disso, a Aço Art contratou mais funcionários – conta com 15 colaboradores atualmente – e está abrindo uma filial em um município vizinho.
