Na última quinta-feira (2), a Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, afirmou que o governo está empenhado em lançar um plano nacional de Inteligência Artificial (IA) até junho deste ano. O anúncio foi realizado durante a transmissão de uma live realizada pelos jornais O Globo, Valor e rádio CBN.
A iniciativa visa não apenas diagnosticar a atual infraestrutura e capacidade de rede do país, mas também estabelecer metas e orçamentos adaptados à realidade brasileira, visando a adoção de soluções de IA soberanas.
"Infelizmente, hoje somos consumidores de soluções. Mas precisamos ser produtores porque precisamos ter autonomia", ressaltou a ministra durante o evento.
O plano, conforme explicado pela ministra, contemplará uma análise dos desafios enfrentados pelo Brasil diante do avanço da IA, além de fazer escolhas estratégicas alinhadas com as vocações do país.
Em um debate com especialistas sobre os riscos e oportunidades da IA, a ministra enfatizou a importância de integrar a IA à indústria brasileira, incluindo setores como agricultura e educação. Ou seja, adaptar a tecnologia às necessidades locais, contribuindo para um equilíbrio entre as demandas globais e regionais.
Uma das oportunidades únicas para o Brasil avançar nesse debate é sua liderança na presidência do G20, o grupo das maiores economias do mundo. Com o próximo encontro da cúpula marcado para novembro no Brasil, o país tem a chance de direcionar a discussão sobre IA a partir da perspectiva do Sul Global.
Além disso, a ministra Luciana Santos, que também coordena o subgrupo de IA do grupo de trabalho de Economia Digital do G20, defendeu a cooperação técnica entre os países do Sul Global, destacando a importância de compartilhar infraestrutura e desenvolver soluções em conjunto.
O debate sobre regulação da IA também reforça a discussão em torno do Projeto de Lei das Redes Sociais. Ambos os projetos têm sinergia na busca por uma regulação equilibrada e eficaz do ambiente digital.
Diante desses desafios e oportunidades, a ministra Luciana Santos expressou otimismo quanto à aprovação do texto ainda este ano, enfatizando a importância de abordar essas questões em rede e de forma colaborativa.
